CHEGADA DA FAMÍLIA REAL DE PORTUGAL
Detalhe da Chegada da Família Real de Portugal
Ilustração: Geoff Hunt
Detalhe da Chegada da Família Real de Portugal
Ilustração: Geoff Hunt
A TRANSMIGRAÇÃO DA FAMÍLIA REAL DE PORTUGAL - 1807-1808
No dia 22 chegou a nau Plantagenet, trazendo o jornal Le Moniteur de 11 de novembro enviado por D. Domingos Antônio de Sousa Coutinho, Ministro junto à corte de S. James. As ameaças feitas por Napoleão, sobre o que aconteceria com a Família Real, quando lá chegasse, eram bem claras.
Na manhã do dia 24, quando os ventos da tempestade do dia anterior tinham diminuído, a corveta Confiance, Capitão James Yeo, largou para Lisboa a fim de entregar este importante documento.
Era o momento crítico esperado por D. João, pois com a fronteira terrestre invadida por Exércitos da França e Espanha e a sua fronteira marítima sob bloqueio, suas alternativas encontravam-se exauridas. Tudo tinha sido feito - perante Deus, seus súditos e o mundo – ninguém poderia acusá-lo de não ter, por todo o meio, tentado resguardar o seu país.
O Conselho de Estado presidido pelo Príncipe Regente, se reuniu naquela mesma noite e tomou a decisão de partir para o Brasil. A Esquadra estava pronta para a viagem, faltando apenas embarcar os passageiros e colocar a bordo as carruagens, arquivos, cofres, pratas e mil e uma coisas; em soma tudo aquilo necessário para transferir e estabelecer a capital do reino no outro lado do Atlântico. Nem a França nem a Espanha suspeitavam do que estava acontecendo. Os planos, organizados sob a iniciativa de D. João, estavam a um passo de serem realizados.
À tarde do dia 27, a Família Real embarcou. Estava assim distribuída: na nau Príncipe Real: D. Maria I, D. João, Infantes D. Pedro e D. Miguel e o Infante da Espanha D. Pedro Carlos; na Afonso de Albuquerque: D. Carlota Joaquina, com suas filhas, Infantas D. Maria Isabel Francisca, D. Maria d'Assunção, D. Ana de Jesus e D. Maria Tereza; na Príncipe do Brasil: a Princesa viúva D. Maria Francisca Benedita e a Infanta D. Maria Ana, ambas irmãs da Rainha; e na Rainha de Portugal: as filhas de D. Carlota Joaquina, Infantas D. Maria Francisca de Assis e D. Isabel Maria.
O embarque dos demais foi, compreensivelmente, muito tumultuado. Faltava a experiência de como embarcar milhares de pessoas; a grande maioria, provavelmente, pela primeira vez. O que levar, o que deixar – sem saber por quanto tempo estariam ausentes das suas casas ou mesmo se um dia voltariam. O medo do Exército que se aproximava, a angústia dos parentes que ficavam – tudo debaixo de uma chuva incessante.
A Esquadra velejaria lotada porque muitas pessoas importantes, como o Núncio Apostólico, Monsenhor Caleppi, não conseguiriam nem embarcar. Outros, como D. Pedro de Sousa Holstein, futuro Duque de Palmela, foram obrigados a voltar a terra, depois de embarcar.
Lorde Strangford, na véspera da partida, com muita dificuldade porque o vento começava a virar, entrou no Tejo e encontrou-se com D. Antonio de Araújo de Azevedo, a bordo da Medusa. O livro de quartos da corveta Confiance registra a sua volta a bordo às 8h00 da manhã.
Na noite do dia 28 o vento mudou de direção, de noroeste para sueste, permitindo a saída do Tejo. Na madrugada do dia 29, as naus começaram os preparativos finais para a viagem. A partida não poderia ter sido adiada porque apenas 18 horas depois, Junot, comandante das tropas francesas alcançaria Lisboa.
A Medusa e a Martim de Freitas lideraram a esquadra para fora do rio, deliberadamente passando junto ao Esquadrão russo fundeado próximo à entrada da barra, a fim de avaliar suas intenções e observar possíveis reações. Depois foi a vez daquelas naus que transportavam membros da Família Real alcançarem aquele trecho do rio. A Martim de Freitas levava o prático do rio até a barra. Como não houve como retorná-lo, o mesmo viajou até o Brasil!
Caso o Almirante russo, Siniavin, soubesse que a sua Pátria iria declarar guerra contra a Grã-Bretanha, em 2 de dezembro, a saída do Tejo da Esquadra portuguesa poderia ter sido bem diferente.
Ao atravessar a barra do Tejo naquela manhã, a Esquadra portuguesa encontrou-se com o Esquadrão britânico. Este esperava velejando em linha de batalha. Após ter recebido o sinal "preparar para batalha" da nau-capitânia, as naus tinham sido transformadas em máquinas de guerra, com seus marinheiros e fuzileiros guarnecendo as peças, prontos para o combate. Sir Sidney não estava disposto a correr qualquer risco. Após um diálogo amistoso a bordo da Príncipe Real, a troca de salvas previamente negociada ocorreu às 4:30h da tarde. A nau Príncipe Real, não participando devido à enfermidade da Rainha.
A jornada começou com a Esquadra velejando rumo ao noroeste, pois os ventos de tempestade do sueste não permitiam outra alternativa. Para abaixar o centro de gravidade, as peças mais altas dos mastros (mastaréo, mastaréo do joanete e vergas) foram desarmadas e amarradas no convés. Esse rumo era mais confortável e menos perigoso, do que aproar as naus rumo à Ilha da Madeira e receber o mar de través, mesmo assim, ficaram submetidos à arfagem. A nau-capitânia britânica Hibernia, ao anoitecer registrou 56 velas à vista.
O vento forte que soprou em Lisboa fez historiadores escreverem do perigo e do mal estar dos passageiros ao velejarem com um mar de través. Imaginavam que a Esquadra, naquele momento, velejava em direção ao Brasil. O rumo verdadeiro não poderia ser visto da terra!
Naquela ocasião, fuzileiros das naus Hibernia, Marlborough e London transferidos para a fragata Solebay e as corvetas Confiance e Redwing tentavam sem sucesso, devido ao mau tempo, capturar o forte do Bugio.
Na terceira noite, com a mudança da direção do vento, foi possível alterar o rumo. Nas primeiras horas da tarde do dia seguinte, atravessaram a latitude de Lisboa navegando em direção à Ilha da Madeira. Eram 18 velas de guerra portuguesas, 13 britânicas e 26 mercantes.
A 5 de dezembro, aproximadamente a meio-caminho entre Lisboa e Funchal (Madeira), parte do Esquadrão britânico, após a salva da Hibernia respondida pela Conde D. Henrique, alterou rumo para voltar ao bloqueio de Lisboa. A Esquadra portuguesa seria escoltada até o Brasil por um Esquadrão de quatro naus: Marlborough, London, Bedford e Monarch, sob o comando do Comodoro Graham Moore.
Lord Strangford que até então tinha acompanhado a Esquadra a bordo da Hibernia, adoentou-se e voltou à Londres. Lá alegou que a Família Real transferiu-se para o Brasil, devido a sua influência. Mais tarde retratou esta versão dos eventos. Com o governo estabelecido no Rio de Janeiro, foi Ministro Plenipotenciário.
Exemplificando o grau de detalhes que hoje possuímos, podemos relatar que naquele dia, a nau Hibernia, por ordens de Sir Sidney transferiu a lancha do Almirante para a Príncipe Real, e as seguintes provisões para a Rainha de Portugal: 13.440 libras de pão em 120 sacos, 1.136 peças, de oito libras cada, de carne de boi e 1.570 peças, de quatro libras cada, de carne de porco e 54 alqueires de ervilhas secas. Marlborough embarcou 43 toneladas de água salgada para compensar a água e mantimentos consumidos desde a sua partida de Plymouth.
O bom tempo e os livros de quartos desmentem a história relatada por Boiteaux, Esparteiro e outros escritores que, antes da separação, o Capitão da Príncipe Real, Francisco do Canto de Castro e Mascarenhas, manobrou sua nau para que o mimo que Sir Sidney queria oferecer a D. João fosse entregue por mão, de um lais de verga para outro.
No dia seguinte, a London recebeu 69 passageiros da nau Príncipe Real, outros (o livro de quartos não especifica o número) foram transferidos para a Monarch.
Capitão James Walker reportou ao Almirantado que a Príncipe Real velejava com 1.054 pessoas a bordo. Assim, caso a guarnição de 950 homens estivesse completa, o número de passageiros seria então, de 104 pessoas.
Naquela noite, escoltado pelo brigue Voador, London pôs-se a caminho de Funchal, para lá fazer aguada.
Aos 8 dias do mesmo mês, aproximadamente a 50 léguas ao norte da Madeira, com receio de aproximar-se, à noite, de um perigo conhecido como 'Oito Pedras', a Esquadra portuguesa atravessou. As naus Marlborough e Monarch também pararam.
À noite a visibilidade era muito reduzida devido à chuva, assim mesmo as naus Príncipe Real e Afonso de Albuquerque, sem dar qualquer sinal, partiram com suas fragatas rumo noroeste. Novamente o vento soprava do sueste. O resultado foi que, na manhã seguinte, encontravam-se velejando escoteiro; a nau Príncipe Real com a fragata Urânia, Afonso de Albuquerque com a fragata Minerva e a Bedford. Ainda paradas no mesmo local estavam as naus Rainha de Portugal, Conde D. Henrique, Marlborough e Monarch.
Anteriormente, as demais naus tinham obtido permissão de D. João, para seguirem viagem independentemente para o Brasil.
Todos os comandantes agora tomaram a mesma decisão. Partiram para os rendez-vous previamente combinados; sucessivamente, oeste da Madeira, ao largo da Ilha de Palma (Canárias), e Praia, na Ilha de S. Tiago (Cabo Verde).
A 11 de dezembro, as naus Príncipe Real e Afonso de Albuquerque, que basicamente tinham seguido o mesmo rumo, reencontraram-se. A 14 de dezembro, Bedford, após ter passado 36 horas ao largo da Ilha da Madeira e enquanto aguardava perto da Ilha de Ferro (Canárias), finalmente avistou-as e, no dia seguinte, pôde anotar que viajavam 'em conserva'.
Na manhã do dia 24, quando os ventos da tempestade do dia anterior tinham diminuído, a corveta Confiance, Capitão James Yeo, largou para Lisboa a fim de entregar este importante documento.
Era o momento crítico esperado por D. João, pois com a fronteira terrestre invadida por Exércitos da França e Espanha e a sua fronteira marítima sob bloqueio, suas alternativas encontravam-se exauridas. Tudo tinha sido feito - perante Deus, seus súditos e o mundo – ninguém poderia acusá-lo de não ter, por todo o meio, tentado resguardar o seu país.
O Conselho de Estado presidido pelo Príncipe Regente, se reuniu naquela mesma noite e tomou a decisão de partir para o Brasil. A Esquadra estava pronta para a viagem, faltando apenas embarcar os passageiros e colocar a bordo as carruagens, arquivos, cofres, pratas e mil e uma coisas; em soma tudo aquilo necessário para transferir e estabelecer a capital do reino no outro lado do Atlântico. Nem a França nem a Espanha suspeitavam do que estava acontecendo. Os planos, organizados sob a iniciativa de D. João, estavam a um passo de serem realizados.
À tarde do dia 27, a Família Real embarcou. Estava assim distribuída: na nau Príncipe Real: D. Maria I, D. João, Infantes D. Pedro e D. Miguel e o Infante da Espanha D. Pedro Carlos; na Afonso de Albuquerque: D. Carlota Joaquina, com suas filhas, Infantas D. Maria Isabel Francisca, D. Maria d'Assunção, D. Ana de Jesus e D. Maria Tereza; na Príncipe do Brasil: a Princesa viúva D. Maria Francisca Benedita e a Infanta D. Maria Ana, ambas irmãs da Rainha; e na Rainha de Portugal: as filhas de D. Carlota Joaquina, Infantas D. Maria Francisca de Assis e D. Isabel Maria.
O embarque dos demais foi, compreensivelmente, muito tumultuado. Faltava a experiência de como embarcar milhares de pessoas; a grande maioria, provavelmente, pela primeira vez. O que levar, o que deixar – sem saber por quanto tempo estariam ausentes das suas casas ou mesmo se um dia voltariam. O medo do Exército que se aproximava, a angústia dos parentes que ficavam – tudo debaixo de uma chuva incessante.
A Esquadra velejaria lotada porque muitas pessoas importantes, como o Núncio Apostólico, Monsenhor Caleppi, não conseguiriam nem embarcar. Outros, como D. Pedro de Sousa Holstein, futuro Duque de Palmela, foram obrigados a voltar a terra, depois de embarcar.
Lorde Strangford, na véspera da partida, com muita dificuldade porque o vento começava a virar, entrou no Tejo e encontrou-se com D. Antonio de Araújo de Azevedo, a bordo da Medusa. O livro de quartos da corveta Confiance registra a sua volta a bordo às 8h00 da manhã.
Na noite do dia 28 o vento mudou de direção, de noroeste para sueste, permitindo a saída do Tejo. Na madrugada do dia 29, as naus começaram os preparativos finais para a viagem. A partida não poderia ter sido adiada porque apenas 18 horas depois, Junot, comandante das tropas francesas alcançaria Lisboa.
A Medusa e a Martim de Freitas lideraram a esquadra para fora do rio, deliberadamente passando junto ao Esquadrão russo fundeado próximo à entrada da barra, a fim de avaliar suas intenções e observar possíveis reações. Depois foi a vez daquelas naus que transportavam membros da Família Real alcançarem aquele trecho do rio. A Martim de Freitas levava o prático do rio até a barra. Como não houve como retorná-lo, o mesmo viajou até o Brasil!
Caso o Almirante russo, Siniavin, soubesse que a sua Pátria iria declarar guerra contra a Grã-Bretanha, em 2 de dezembro, a saída do Tejo da Esquadra portuguesa poderia ter sido bem diferente.
Ao atravessar a barra do Tejo naquela manhã, a Esquadra portuguesa encontrou-se com o Esquadrão britânico. Este esperava velejando em linha de batalha. Após ter recebido o sinal "preparar para batalha" da nau-capitânia, as naus tinham sido transformadas em máquinas de guerra, com seus marinheiros e fuzileiros guarnecendo as peças, prontos para o combate. Sir Sidney não estava disposto a correr qualquer risco. Após um diálogo amistoso a bordo da Príncipe Real, a troca de salvas previamente negociada ocorreu às 4:30h da tarde. A nau Príncipe Real, não participando devido à enfermidade da Rainha.
A jornada começou com a Esquadra velejando rumo ao noroeste, pois os ventos de tempestade do sueste não permitiam outra alternativa. Para abaixar o centro de gravidade, as peças mais altas dos mastros (mastaréo, mastaréo do joanete e vergas) foram desarmadas e amarradas no convés. Esse rumo era mais confortável e menos perigoso, do que aproar as naus rumo à Ilha da Madeira e receber o mar de través, mesmo assim, ficaram submetidos à arfagem. A nau-capitânia britânica Hibernia, ao anoitecer registrou 56 velas à vista.
O vento forte que soprou em Lisboa fez historiadores escreverem do perigo e do mal estar dos passageiros ao velejarem com um mar de través. Imaginavam que a Esquadra, naquele momento, velejava em direção ao Brasil. O rumo verdadeiro não poderia ser visto da terra!
Naquela ocasião, fuzileiros das naus Hibernia, Marlborough e London transferidos para a fragata Solebay e as corvetas Confiance e Redwing tentavam sem sucesso, devido ao mau tempo, capturar o forte do Bugio.
Na terceira noite, com a mudança da direção do vento, foi possível alterar o rumo. Nas primeiras horas da tarde do dia seguinte, atravessaram a latitude de Lisboa navegando em direção à Ilha da Madeira. Eram 18 velas de guerra portuguesas, 13 britânicas e 26 mercantes.
A 5 de dezembro, aproximadamente a meio-caminho entre Lisboa e Funchal (Madeira), parte do Esquadrão britânico, após a salva da Hibernia respondida pela Conde D. Henrique, alterou rumo para voltar ao bloqueio de Lisboa. A Esquadra portuguesa seria escoltada até o Brasil por um Esquadrão de quatro naus: Marlborough, London, Bedford e Monarch, sob o comando do Comodoro Graham Moore.
Lord Strangford que até então tinha acompanhado a Esquadra a bordo da Hibernia, adoentou-se e voltou à Londres. Lá alegou que a Família Real transferiu-se para o Brasil, devido a sua influência. Mais tarde retratou esta versão dos eventos. Com o governo estabelecido no Rio de Janeiro, foi Ministro Plenipotenciário.
Exemplificando o grau de detalhes que hoje possuímos, podemos relatar que naquele dia, a nau Hibernia, por ordens de Sir Sidney transferiu a lancha do Almirante para a Príncipe Real, e as seguintes provisões para a Rainha de Portugal: 13.440 libras de pão em 120 sacos, 1.136 peças, de oito libras cada, de carne de boi e 1.570 peças, de quatro libras cada, de carne de porco e 54 alqueires de ervilhas secas. Marlborough embarcou 43 toneladas de água salgada para compensar a água e mantimentos consumidos desde a sua partida de Plymouth.
O bom tempo e os livros de quartos desmentem a história relatada por Boiteaux, Esparteiro e outros escritores que, antes da separação, o Capitão da Príncipe Real, Francisco do Canto de Castro e Mascarenhas, manobrou sua nau para que o mimo que Sir Sidney queria oferecer a D. João fosse entregue por mão, de um lais de verga para outro.
No dia seguinte, a London recebeu 69 passageiros da nau Príncipe Real, outros (o livro de quartos não especifica o número) foram transferidos para a Monarch.
Capitão James Walker reportou ao Almirantado que a Príncipe Real velejava com 1.054 pessoas a bordo. Assim, caso a guarnição de 950 homens estivesse completa, o número de passageiros seria então, de 104 pessoas.
Naquela noite, escoltado pelo brigue Voador, London pôs-se a caminho de Funchal, para lá fazer aguada.
Aos 8 dias do mesmo mês, aproximadamente a 50 léguas ao norte da Madeira, com receio de aproximar-se, à noite, de um perigo conhecido como 'Oito Pedras', a Esquadra portuguesa atravessou. As naus Marlborough e Monarch também pararam.
À noite a visibilidade era muito reduzida devido à chuva, assim mesmo as naus Príncipe Real e Afonso de Albuquerque, sem dar qualquer sinal, partiram com suas fragatas rumo noroeste. Novamente o vento soprava do sueste. O resultado foi que, na manhã seguinte, encontravam-se velejando escoteiro; a nau Príncipe Real com a fragata Urânia, Afonso de Albuquerque com a fragata Minerva e a Bedford. Ainda paradas no mesmo local estavam as naus Rainha de Portugal, Conde D. Henrique, Marlborough e Monarch.
Anteriormente, as demais naus tinham obtido permissão de D. João, para seguirem viagem independentemente para o Brasil.
Todos os comandantes agora tomaram a mesma decisão. Partiram para os rendez-vous previamente combinados; sucessivamente, oeste da Madeira, ao largo da Ilha de Palma (Canárias), e Praia, na Ilha de S. Tiago (Cabo Verde).
A 11 de dezembro, as naus Príncipe Real e Afonso de Albuquerque, que basicamente tinham seguido o mesmo rumo, reencontraram-se. A 14 de dezembro, Bedford, após ter passado 36 horas ao largo da Ilha da Madeira e enquanto aguardava perto da Ilha de Ferro (Canárias), finalmente avistou-as e, no dia seguinte, pôde anotar que viajavam 'em conserva'.
Continua...
Cortesia do Site Oficial da Casa Imperial do Brasil
http://www.monarquia.org.br/home.html
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